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Menina de 2 anos é estuprada em Ariquemes e mãe pode estar envolvida

Por G1.com/RO, 03/04/2016 18h28

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'Fiquei abalado', diz delegado sobre estupro de menina de 2 anos em Ariquemes (Foto: Reprodução)
'Fiquei abalado', diz delegado sobre estupro de menina de 2 anos em Ariquemes - Foto: Reprodução

Mãe da criança, de 28 anos, é suspeita por envolvimento no crime.
Delegado contou que esse foi o caso mais difícil em que trabalhou.

Uma menina de apenas dois anos de idade foi estuprada em Ariquemes (RO), na região do Vale do Jamari de Rondônia. A mãe da criança, uma mulher de 28 anos, foi presa na manhã deste domingo (3), suspeita de envolvimento no crime e por proteger um suposto autor do abuso. No ato da prisão, ela fez uma espécie de confissão ao delegado do caso, que descreveu a ocorrência como a mais difícil de sua carreira: "fiquei pessoalmente abalado", afirmou.

Ao G1, o delegado da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Ariquemes, Rodrigo Camargo, que está à frente das investigações do ocorrido, disse que ainda não vai divulgar a data do crime, apenas que aconteceu há poucos dias, e que o caso foi denunciado pelo Conselho Tutelar do município, que foi alertado pela creche onde a vítima frequenta.
"Os conselheiros foram acionados a comparecer em uma creche, pois no local, uma professora havia notado que uma criança de apenas dois anos de idade chorava ininterruptamente e reclamava de dores na região da vagina. Ao levar a criança até o banheiro, a professora constatou manchas de sangue na calcinha da vítima, além de vermelhidão e inchaço da vagina", informou o delegado.
Diante do ocorrido, a Polícia Civil, juntamente com o Conselho Tutelar, encaminhou a criança imediatamente para o Instituto Médico Legal (IML) de Ariquemes, onde após realização de exames de conjunção carnal, constatou-se o estupro e que o rompimento do hímen havia sido feito há menos de 24h.
"Diante da gravidade dos fatos, decretamos prioridade absoluta no caso para os trabalhos de investigação. A Justiça deferiu o pedido de prisão cautelar da mãe da criança, uma vez que foi constatada a materialidade do delito, que apontou indícios de envolvimento da genitora", contou Camargo.

O delegado esclareceu ainda que no decorrer das investigações, a mãe da criança afirmou que não viu e nem sabe quem poderia ter feito o ato contra a filha. Ela prestou três declarações contraditórias à polícia, que indicam a participação de uma terceira pessoa no crime, a qual ela estaria protegendo.
Segundo Camargo, as investigações do caso continuam e podem haver novas prisões. Ele relatou ainda que após ser presa, a mãe da menina declarou que a prisão dela era justa, e disse: "Delegado, pode dormir tranquilo e sem peso na consciência, porque o senhor não colocou um inocente na cadeia", teria revelado a mãe da menina.

À reportagem, o delegado ressaltou que a polícia não vai informar quem teria ficado com a guarda provisória da criança, para resguardar a privacidade da menina. Ele comentou ainda que em seis anos de profissão, esse foi o caso mais difícil em que trabalhou. "Fiquei pessoalmente emocionado com o caso da criança", desabafou o delegado.

 

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