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MP realiza exposição de intervenção coletiva para sensibilização acerca da violência doméstic

Por Ass essoria de Comunicação - ASCOM, 21/03/2019 10h40
 (Foto: Assessoria)
Foto: Assessoria

Como parte da programação da Oficina ‘Nem Tão Doce Lar’, o Ministério Público de Rondônia realizou na última quarta-feira (20/03), no edifício-sede da Instituição, em Porto Velho, uma exposição de intervenção coletiva para a sensibilização acerca da violência doméstica. A mostra, que apresentou uma típica casa familiar, porém com elementos indicativos de violência, recebeu a visita de estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio César Freitas Cassol, além do público em geral.

A exposição consiste numa metodologia de intervenção coletiva para alertar acerca da violência familiar. A escolha de uma casa para abordar o tema não se dá por acaso. Conforme apontam as pesquisas, os agressores são, na maioria, namorados, parceiros e ex-parceiros das vítimas. E os crimes ocorrem no seio familiar. “Por isso, a mostra tem como objetivo possibilitar a popularização da discussão e do enfrentamento da violência, ao levar para o espaço público uma casa familiar, com informações e elementos que denunciam a violência sofrida por mulheres, crianças e jovens”, afirmou o Procurador-Geral de Justiça, Airton Pedro Marin Filho, ao visitar o espaço.

A exposição integrou a Oficina ‘Nem tão Doce Lar’, promovida na última segunda e terça-feira (18 e 19/03), sob a coordenação da Promotoria de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com apoio do Centro de Apoio Operacional Criminal. A ideia foi desenvolvida pela Fundação Luterana de Diaconia, que esteve em Porto Velho para a aplicação do trabalho, junto a integrantes da rede de proteção e acolhimento de vítimas de violência contra a mulher, a Rede Lilás.

Mostra

Disposta no auditório do MPRO, a mostra apresentou os cômodos de uma casa, com uma ambientação aparentemente harmônica. Nos cenários, chamava atenção a presença de elementos dispostos sobre mobiliários, tornando a atmosfera ameaçadora. Num quarto infantil, um cinturão disposto sobre a cama da criança, indicava a prática da agressão naquele lugar. No quarto do casal, sobre a cama, uma cesta de café da manhã, acompanhada de um bilhete com a promessa de que a violência não mais aconteceria e, mais adiante, um facão. Mais uma vez, o público podia notar traços de violência no lar.

A coordenadora da atividade, Promotora de Justiça de Combate à Violência Doméstica, Tânia Garcia Santiago, recebeu os estudantes na exposição e falou aos jovens, promovendo intervenções ao longo dos cenários. “Vocês sabem porque esta garrafa de álcool está presente na cozinha? Porque existem muitos casos em que parceiros lançaram ou ameaçaram lançar o produto nas companheiras para então atear fogo”, disse.

“A ideia da mostra é promover uma imersão dentro de um ambiente onde há violência doméstica. É fazer com que as pessoas se sensibilizem para a existência da violência contra a criança, contra as mulheres e se envolvam na resolução desse problema”, afirmou.

A exposição teve a presença do Diretor do Centro de Apoio Operacional Criminal do MPRO (CAOP-Criminal), Promotor de Justiça Átilla Augusto Da Silva Sales; da Secretária Adjunta de Assistência Social do Estado de Rondônia (Seas), Liana Silva,  da Coordenadora da Rede Lílás, Hala Gomes; da Diretora do Departamento de Políticas Públicas para Mulheres do Município de Porto Velho, Gentileza de Brito.