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Caso Lauanny Hester: avó de menina assassinada pelo pai é ouvida na delegacia, em RO
Mulher foi à polícia de Ariquemes na última semana acompanhada de um advogado. Ela, que tinha a guarda da menina de 2 anos, pode responder por abandono de incapaz.
A avó paterna de Lauanny Hester Rodrigues foi ouvida na delegacia de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, na última semana. A informação foi confirmada à Rede Amazônica pelo delegado que conduz o caso, Rodrigo Camargo, nesta segunda-feira (30). A menina, então de 2 anos, foi espancada até a morte pelo pai e a madrasta na manhã de 21 de setembro.
Conforme Camargo, a mulher seguiu à polícia acompanhada de um advogado. Ela tinha a guarda oficial da criança desde maio deste ano, quando Lauanny foi agredida pelo pai a ponto de ter o braço quebrado.
Com o episódio, a menina ficou sob tutela do estado, mas depois foi designada à avó, que vive em Jaci-Paraná, distrito de Porto Velho.
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Como a Justiça e o Conselho Tutelar não sabiam que Lauanny estava morando novamente em Ariquemes, a mulher pode ser responsabilizada pelo crime e responder a um processo por abandono de incapaz.
Pelo crime, pai e madrasta seguem presos. William Monteiro da Silva, de 25 anos, está no Centro de Ressocialização do município e Ingrid Bernardino Andrade, de 23 anos, no presídio feminino. O bebê do casal, uma menina, está sob tutela do estado e permanece acolhida em um abrigo de Ariquemes.
A Polícia Civil confirmou que, nesta semana, fará a reconstituição do caso.
O que sabe sobre o caso até agora é que:
A avó da menina pode ser responsabilizada pelo crime, já que possui a guarda provisória da vítima. Ela prestou depoimento na delegacia de Ariquemes na última semana;
O Conselho Tutelar disse que não sabia que menina assassinada estava morando com o pai;
A polícia acredita que a menina foi espancada e morta depois de rasgar um pacote de farinha de trigo;
O laudo aponta que Lauanny morreu com traumatismos múltiplos;
No corpo dela havia fraturas graves no crânio, tórax, quadril e abdômen;
Na delegacia, Willian não chorou por ter matado a filha;
Segundo a polícia, a mãe de Lauanny deixou a criança aos cuidados do pai há cerca de 1 ano e a mulher não foi mais vista pela família;
A defesa do casal diz que o pai negou ter agredido a criança a ponto de matá-la.
Morte de Lauanny
Lauanny Hester Rodrigues, morreu depois de ser espancada pelo pai e a madrasta no fim da manhã do dia 21 de setembro, no bairro Marechal Rondon, em Ariquemes.
A Polícia Militar (PM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados por vizinhos que ouviram a criança sendo agredida. Porém, quando a equipe médica e a guarnição chegaram a menina não apresentava mais sinais vitais.
O pai da criança, William, e a madrasta, Ingrid, foram localizados pela PM em uma prainha. Segundo a corporação, eles estavam deitados embaixo de uma árvore junto com um bebê de 5 meses, que é filha do casal.
Segundo Rodrigo Camargo, durante o interrogatório os suspeitos disseram que, de fato, tinham batido na menina por duas vezes.
"Às 2h40 da manhã eles acordaram, foram até a cozinha e viram que a criança tinha rasgado um saco de farinha de trigo. Diante disso, o pai acabou dizendo que para corrigir acabou agredindo a criança. Uma agressão absurda que, na minha visão e da polícia judiciária, configura tortura", disse o delegado.
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