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Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se
prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.
Após quase um ano da morte do marido, a mulher teve prisão preventiva decretada por suspeita de crime de homicídio contra companheiro, que tinha 71 anos, agora se torna ré e será levada a júri popular na cidade de Cerejeiras.
Em 27 de novembro de 2023, Polícia Civil desencadeou a Operação “Viúva Negra” em decorrência da investigação de um homicídio ocorrido em setembro do mesmo ano, na zona rural de Cerejeiras. Na ocasião, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão.
No dia do crime, suspeita, ainda esposa da vítima, entrou em contato com parentes pedindo socorro, pois o marido passava mal. A família auxiliou, levando-o ao hospital, mas o idoso foi a óbito pouco tempo depois. A vítima se chamava José Pereira da Silva.
O caso se tornou suspeito, pois além da vítima, dois animais domésticos também haviam morrido por envenenamento. Por causa disso, a mulher de 52 anos teve a prisão decretada
RESUMO DO CASO
Na ocasião, o caso fora investigado, inicialmente, como sendo "morte suspeita", pois as informações sobre a saúde da vítima e a cena do crime foram alteradas para parecer um caso de morte natural.
No decorrer das investigações verificou-se que se tratava de um caso de homicídio premeditado. Durante a operação, a companheira da vítima foi presa, suspeita de envenenar homem, que faleceu após ser levado ao hospital.
Após as investigações, ficou claro que se tratava de homicídio premeditado, com a ajuda do exame tanatoscópico realizado pelo IML. Além da análise da perita criminal farmacêutica-bioquimica, Carolina Matias Diniz, que constatou a presença da substância tóxica "terbufós" nos conteúdos estomacais da vítima e dos animais domésticos, confirmando o envenenamento. A operação contou com o apoio da Delegacia de Colorado do Oeste.
A companheira da vítima acabou indiciada por homicídio qualificado, e a operação foi coordenada pelo Delegado de Polícia, Mayckon Pereira, com suporte dos policiais civis durante o cumprimento dos mandados.
ATUALIZAÇÃO DO CASO
A defesa entrou com um pedido revogação da prisão preventiva e posteriormente com o pedido de Habeas Corpus, sendo ambos indeferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.
Após a conclusão do Inquérito policial, o Ministério Público denunciou a acusada pelo crime de homicídio triplamente qualificado. Ela irá a julgamento no próxima quinta-feira, dia 28 de novembro, no Tribunal do Juri em Cerejeiras.