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Segundo as autoridades locais, a brasileira foi vítima de feminicídio; principal suspeito do crime é um adolescente boliviano de 16 anos, que já foi apreendido.
ATUALIZADA: 15HS - O principal suspeito de assassinar a estudante de medicina Jenife do Socorro de Almeida da Silva, de 36 anos, na Bolívia, é um adolescente de 16 anos. Já identificado e apreendido pelas autoridades bolivianas, ele teria mentido a idade quando conheceu a vítima, em uma praça, após a celebração de uma missa em Santa Cruz de la Sierra no dia 30 de março. Segundo familiares de Jenife, o suspeito afirmou ter mais de 20 anos.
A amapaense teria marcado um encontro com o rapaz no dia 1º de abril. Ela morava sozinha e foi achada morta no apartamento onde vivia, após a proprietária do imóvel estranhar o sumiço repentino. Segundo a polícia, trata-se de um caso de feminicídio. O adolescente suspeito foi localizado e apreendido menos de 24 horas depois.
O corpo de Jenife foi encontrado nu, e apresentava sinais de estrangulamento, violência sexual e ferimentos provocados por faca. De acordo com a família, ela tinha dois filhos e mantinha contato frequente com parentes no Brasil.
Manifestações no Brasil
Os filhos da estudante de medicina homenagearam a mãe em manifestação realizada nesta terça-feira. No discurso, um deles diz que chegou a passar mal durante o protesto. Ele foi hospitalizado e voltou ao local para falar sobre Jenife.
— Eu passei mal, fui para o hospital, tive uma crise, mas papai do céu e minha mãezinha estavam comigo, estavam me dando forças lá e foi o que me fez voltar para falar com vocês, porque desde o começo era o que eu mais queria. Voltar e poder homenagear minha guerreira, minha vencedora. Sou muito grato pela mãe que tive — disse o filho de Jenife.
A brasileira vivia há cerca de seis anos na Bolívia, onde cursava medicina e estava na fase final da graduação.
— A gente tem que fazer manifestação, lutar para que ninguém mais tenha que sentir isso. Nenhuma mulher tenha que passar por isso — disse a filha, em discurso durante manifestação.
Durante o interrogatório, o suspeito confirmou ter se encontrado com a brasileira, mas negou a autoria do crime, alegando que ela ainda estava viva quando deixou o apartamento.
O protesto organizado por familiares, amigos e moradores locais cobrou justiça e a repatriação do corpo. A manifestação foi convocada pela vice-prefeita de Santana (AP), Isabel Nogueira, e reuniu dezenas de pessoas em um apelo por respostas das autoridades brasileiras e bolivianas.
Até o momento, não há previsão para a liberação do corpo. Familiares pedem agilidade no processo e apoio do governo brasileiro para o translado de Jenife ao Amapá, onde desejam realizar o sepultamento.