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Papa Francisco nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 1936, onde se destacou pelo trabalho solidário durante a crise econômica de 2001.
O papa Francisco morreu, aos 88 anos, na madrugada desta segunda-feira (21/4), em sua residência oficial, na Casa Santa Marta, no Vaticano, em Roma. A informação foi anunciada pelo cardeal Kevin Farrell.
O pontífice ficou internado por cerca de 40 dias após ser diagnosticado com pneumonia dupla. Nesse sábado (19/4), ele apareceu em público, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. No Domingo de Páscoa (20/4), fez aparição pública na Praça de São Pedro para abençoar os fiéis.
Durante a aparição pública na Praça de São Pedro, ele acenou para as milhares de pessoas que estavam presentes e fez um apelo aos responsáveis políticos “para que não cedam à lógica do medo, mas usem os recursos disponíveis para ajudar os necessitados, combater a fome e promover iniciativas que favoreçam o desenvolvimento”.
O religioso passou por vários problemas respiratórios desde a juventude – chegando a ter parte de um dos pulmões removida – e por internações recentes. Ele foi o primeiro pontífice latino-americano a assumir a chefia suprema da Igreja Católica, em 2013, sucedendo Bento XVI, que renunciou ao posto.
Relembre a trajetória:
Francisco foi o primeiro papa latino-americano, sucedendo Bento XVI após a renúncia.
Jorge Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936, filho de imigrantes italianos.
Formado em química, decidiu seguir a vida sacerdotal aos 20 anos, em 1958.
Papa Francisco lecionou na Faculdade de São Miguel e obteve doutorado em teologia pela Universidade de Freiburg, na Alemanha.
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936, e foi eleito pontífice em 13 de março de 2013, quando adotou o nome Francisco, em referência a São Francisco de Assis.
Filho de Mário Bergoglio e Regina Maria Sivori, imigrantes italianos, Francisco se formou em química, mas decidiu se dedicar à vida sacerdotal aos 20 anos, em 1958, quando se tornou padre.
Francisco ingressou no seminário de Villa Devoto e, em 1958, deu início ao noviciado na Companhia de Jesus. Ele foi ordenado sacerdote em 1969, tornando-se bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e, em 1998, nomeado arcebispo. Já em 2001 foi colocado no posto de cardeal pelo papa João Paulo II.
Apesar da dedicação à vida sacerdotal, Francisco também se debruçou na vida acadêmica, sendo reitor da Faculdade de São Miguel, além de ter doutorado em teologia pela Universidade de Freiburg, na Alemanha.
Já como pontífice, Francisco adotou discurso mais flexível e passou a ser considerado um papa mais progressista. Nesse período, ele trabalhou na reconstrução de diversas instituições da Igreja e demonstrou firmeza diante de casos de abusos sexuais envolvendo membros da Igreja Católica.
Em 2023, por exemplo, papa Francisco se reuniu com vítimas de casos de abusos sexuais cometidos por clérigos em Portugal. Na época, ele criticou membros da Santa Fé pela resposta ao escândalo.
Já em 2025, o Vaticano aprovou novas diretrizes para autorizar que homens gays entrem para os seminários, desde que vivam a castidade. O comunicado destaca que os diretores dos seminários devem considerar apenas os aspectos da personalidade dos candidatos, e não as orientações sexuais.
Estado de saúde
Quando jovem, Francisco teve parte de um dos pulmões removida. Em 2023, o pontífice precisou ficar hospitalizado por três dias para o tratamento de uma bronquite grave que teve e se recuperou depois do uso intenso de antibióticos. Com isso, desde muito tempo Francisco lida com sérios problemas de saúde, incluindo crises prolongadas de bronquite durante o inverno.
O pontífice também sofria com dores no joelho, o que dificultava a locomoção do religioso, e, por isso, fazia o uso de cadeiras de rodas. Em fevereiro de 2025, Francisco precisou ser internado em decorrência de um novo quadro de bronquite e teve de se ausentar dos eventos papais, até que não resistiu às complicações de saúde.